Turnover: Tudo o que você precisa saber sobre esse importante indicador de RH

É cada vez mais crucial para uma empresa entender os anseios profissionais e a mentalidade de seus colaboradores, como uma forma de estabelecer uma relação duradoura que agregue produtividade para a organização e crescimento profissional para o indivíduo. Para isso, existem indicadores de desempenho e, mais especificamente, indicadores de RH que ajudam as lideranças e gestores a investigar essas questões.



Nesse ponto, o turnover é um indicador de rotatividade essencial para uma compreensão mais detalhada das entradas e saídas de colaboradores nas empresas. Companhias que ostentam boas taxas de turnover são justamente aquelas que estão atentas à importância do controle destes índices e se dedicam a estabelecer um bom relacionamento com seus colaboradores.



Neste artigo vamos esclarecer o que é o turnover, seus tipos, as fórmulas disponíveis para realizar o cálculo deste índice, além de entendermos como o controle correto deste indicador pode impactar positivamente na gestão e movimentação do capital humano dentro das empresas.



Continue a leitura para saber mais!



O que é Turnover?



O Turnover é um índice que revela a rotatividade, ou seja, uma espécie de média entre demissões e admissões de funcionários em determinado período de uma empresa. Também conhecido como índice de rotatividade, este é um dos mais importantes indicadores de RH que as companhias utilizam para traçar estratégias de recursos humanos, além de ser utilizado como avaliação de desempenhos e definição de novas metas.



Quais são os tipos de turnover?



Existem vários tipos de turnover e saber discriminá-los em cada caso é crucial para uma medição correta e, assim, criar estratégias para controlar esse índice a favor do bem-estar dos funcionários e da produtividade da empresa.



Turnover funcional:



É quando um funcionário insatisfeito ou com baixo rendimento solicita seu desligamento da empresa. Na maioria dos casos, este pedido de demissão pode ser considerado positivo para a empresa. Uma vez que esse fato provavelmente trará a oportunidade de um recrutamento onde o colaborador substituto poderá entregar mais motivação e melhores resultados. Além disso, no turnover funcional a empresa fica livre de maiores custos trabalhistas, já que o pedido de desligamento foi uma iniciativa do trabalhador em questão.



Turnover disfuncional:



Ocorre quando um colaborador bem integrado e que possui um bom desempenho em suas atividades, por alguma razão, pede demissão da empresa. Essa saída tende a impactar negativamente na rotina do departamento, exigindo recrutamento, integração e treinamento que possam proporcionar uma substituição à altura. Por conta deste possível impacto negativo que acompanha a saída deste bom funcionário, o turnover disfuncional é algo que deve ser evitado ao máximo. Portanto, empresas com baixo turnover disfuncional são aquelas que têm maior capacidade de reter seus talentos.



Turnover voluntário:



É semelhante ao turnover funcional, ou seja, ele ocorre quando a iniciativa de sair da companhia parte de uma decisão particular do colaborador. O turnover voluntário geralmente acontece quando um profissional recebe uma proposta que considera mais atraente e decide trocar de empresa.



Turnover involuntário:



É quando a empresa decide demitir o colaborador, seja por baixo desempenho ou por outras avaliações e estratégias internas. Muitas vezes esse turnover ocorre contra a vontade da organização, como em momentos de crise econômica. Vale lembrar que neste tipo de turnover, o trabalhador desligado deverá receber suas indenizações trabalhistas conforme prevê a lei e, obviamente, os cursos desta demissão serão arcados pela empresa.



Como realizar o cálculo de turnover?



O cálculo de turnover geral ou turnover clássico é relativamente simples e pode ser realizado através da seguinte fórmula:





Some as admissões do mês com desligamentos do mês.


Divida pelo número total de funcionários ativos do mês.


Por fim, multiplique por 100, obtendo assim o percentual que equivale ao turnover geral da sua empresa.




Como calcular turnover voluntário?



Para calcular o turnover voluntário basta somar o número de admissões e de desligamentos voluntários. Depois dividir o resultado desta soma por 2 e, por fim, dividir pelo número total de funcionários da empresa.



O que é turnover de contratação ou de admissão?



Turnover de contratação ou admissão é um tipo específico de indicador que serve para avaliar a rotatividade em contratações mais recentes. Desta forma é possível mensurar também a qualidade do processo seletivo, integração e treinamento destes novos colaboradores e sua tendência de permanecer a longo prazo na empresa ou não.



Como calcular o turnover de contratação?



Existe uma fórmula para descobrir o turnover de contratação:



Some os desligamentos de colaboradores que tenham menos de seis meses de empresa e divida pelo número total de colaboradores. Em seguida, multiplique por 100 para obter o devido percentual.



Quais são as principais causas do turnover?



Talvez você esteja se perguntando o que gera turnover, ou seja, o que leva a rotatividade nas empresas. Abaixo listamos algumas das principais causas do turnover:





Propostas profissionais externas mais atraentes;


Problemas com o ambiente de trabalho;


Insatisfação com salários;


Incompatibilidade entre a atividade exercida e a ambição do profissional;


Fragilidade ou ausência de uma cultura organizacional;


Ausência ou fragilidade de plano de carreira;


Falhas no recrutamento ou integração;


Falta de feedbacks e reconhecimento;


Conflitos entre funcionários e seus líderes/gestores.




Qual o turnover ideal?



Cada contexto e nicho de mercado tem suas particularidades no que diz respeito à rotatividade. No entanto, de maneira geral, especialistas em gestão de RH recomendam que a empresa considere saudável manter uma taxa de turnover entre 5% e 10% ao ano.



Quais as consequências de um turnover elevado?



Empresas com taxas de turnover acima de 10% tendem a enfrentar consequências negativas por conta da baixa permanência de seus funcionários. Tais impactos vão desde redução na produtividade, piora na cultura organizacional, elevação dos custos com novos recrutamentos e treinamentos e, principalmente, prejuízos financeiros de ordem trabalhista devido a alta taxa de desligamentos de funcionários que poderiam ter sido mantidos colaborando por mais tempo.



O que fazer para reduzir o turnover?



Podemos considerar que a redução da taxa de turnover passa por algumas práticas como a implantação cultura organizacional sólida, com diálogos e feedbacks constantes, planos de carreira consistentes e a presença de benefícios que sejam equivalentes com as melhores referências do mercado. Sem dúvida, esses são os principais fatores para a maior permanência das pessoas nas empresas.



Também é imprescindível destacar que a qualidade dos processos seletivos, bem como a integração e os treinamentos de novos colaboradores são peças chaves para que os turnovers sejam reduzidos ou que sejam menos sentidos quando eventualmente ocorram.









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